As Secções do Vale em Caldas do Moledo
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Palavras-chave

Douro
Caldas Moledo
método de investigação
corte multidimensional
estratégia de revalorização

Como Citar

DIAS, A. F.; GARRIDO DE OLIVEIRA, C. .; CALIX, T. . As Secções do Vale em Caldas do Moledo: A metamorfose do Lugar e do Tempo nas paisagens arquitectónicas do Douro. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 6, n. 2, p. e00102, 2020. DOI: 10.47235/rmu.v6i2.102. Disponível em: http://revistademorfologiaurbana.org./index.php/rmu/article/view/102. Acesso em: 24 nov. 2024.

Resumo

Caldas do Moledo, conhecida como Pórtico de entrada do coração do Douro graças à sua posição estratégica na margem direita do Rio, sempre foi de grande importância no âmbito do intercâmbio económico, cultural e social. Contudo, novas dinâmicas emergem na região e lugares outrora protagonizantes encontram-se suspensos no tempo, numa decadência expectante de uma nova vida. A construção de uma estratégia de revalorização para o caso de estudo procura compreender as possibilidades de recuperação de um lugar pleno de carácter que detém potencialidades enquadráveis nas dinâmicas contemporâneas. Será apresentada uma visão que não se revê nas imagens superficiais do Douro turístico, procurando, antes, valorizar o seu Genius Loci. As potencialidades multidimensionais do corte são exploradas enquanto método de investigação e, simultaneamente, instrumento de observação, processo de interpretação e estratégia de intervenção. O argumento central procura compreender como, desde a Secção do Vale de Patrick Geddes, passando pelas cross-sections de Peter Hall, até à construção do olhar oblíquo entre as camadas palimpsésticas de André Corboz e a observação eclética de Stefano Boeri –olhando Aloïs Riegl pelo retrovisor–, as transformações do território reclamam outros instrumentos de compreensão e estratégias na modificação das realidades. Torna-se essencial compreender para criteriosamente preservar e transformar o património material e imaterial da Região do Douro, aqui focado em Caldas do Moledo, tanto quanto é imperativo reconstruir um discurso que una tradição e progresso, verdadeiramente representante de uma ‘Paisagem Cultural Evolutiva e Viva’.

https://doi.org/10.47235/rmu.v6i2.102
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