Evolução das leis de escala urbanas
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Como Citar

MEIRELLES, J. V.; RODRIGUES NETO, C.; FAGUNDES FERREIRA, F.; LEMES RIBEIRO, F.; REBECA BINDER, C. Evolução das leis de escala urbanas: evidências do Brasil. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 8, n. 1, p. e00168, 2020. DOI: 10.47235/rmu.v8i1.168. Disponível em: http://revistademorfologiaurbana.org./index.php/rmu/article/view/168. Acesso em: 24 nov. 2024.

Resumo

Nos últimos anos, a nova Ciência das Cidades se estabeleceu como uma abordagem quantitativa fértil para o entendimento dos fenômenos urbanos. Um de seus pilares é a proposição de que os sistemas urbanos apresentam comportamentos universais de escala de variáveis socioeconômicas, de infraestrutura e de serviços básicos individuais. Este artigo discute até onde essa proposição é realmente universal, testando-a frente a uma ampla variedade de métricas urbanas de um país em desenvolvimento. Apresentamos uma exploração dos expoentes de escala(mento) de mais de 60 variáveis do sistema urbano brasileiro. A estimação dos expoentes é um desafio técnico, dado que a definição de "município" no Brasil segue critérios políticos e não considera as características da paisagem, a densidade e os serviços domiciliares básicos. Considerando que os municípios brasileiros podem não ser iguais ao que se entende por assentamento urbanizado, selecionamos os mais assemelhados a "cidades" através de um procedimento sistemático de corte da densidade e estimamos os expoentes desse subconjunto. Para validar nossos achados, comparamos nossos resultados para as mesmas variáveis com outros estudos baseados em métodos alternativos. Os resultados mostram que as variáveis socioeconômicas analisadas seguem uma relação de escala superlinear com a população das cidades, enquanto a maioria das variáveis de infraestrutura e de serviços básicos domiciliares seguem os esperados regimes sublinear e linear, respectivamente. No entanto, algumas delas fogem dos regimes esperados, botando em dúvida a hipótese universal do escalamento urbano / leis de escala. Nossa conclusão é de que esses desvios são produto de decisões e políticas impostas "de cima para baixo". Mesmo que nossa análise abranja um período de apenas 10 anos e, portanto, não seja suficiente para permitir conclusões definitivas, há indícios de que os expoentes de escala dessas variáveis estão evoluindo e que os desvios podem ser apenas comportamentos restritos no tempo que não impedem os sistemas urbanos de atingir o regime esperado em algum momento futuro.

https://doi.org/10.47235/rmu.v8i1.168
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Copyright (c) 2020 João Meirelles, Camilo Rodrigues Neto, Fabiano Lemes Ribeiro, Fernando Fagundes Ferreira, Claudia Rebeca Binder; Julio Celso Borello Vargas

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