Forma urbana e equidade
PDF

Palavras-chave

modelos configuracionais
equidade
oportunidade espacial
equipamentos de saúde

Como Citar

SILVEIRA, T.; MARASCHIN, C. Forma urbana e equidade: avaliação do acesso aos equipamentos de atenção primária em saúde pública na cidade de Porto Alegre, RS. Revista de Morfologia Urbana, [S. l.], v. 8, n. 2, p. e00160, 2020. DOI: 10.47235/rmu.v8i2.160. Disponível em: http://revistademorfologiaurbana.org./index.php/rmu/article/view/160. Acesso em: 24 nov. 2024.

Resumo

Este artigo enfoca a influência da forma urbana no acesso da população aos equipamentos e seu objetivo é sistematizar uma metodologia para a avaliação da equidade no acesso a equipamentos de saúde pública, baseada em modelos configuracionais. O estudo analisa como a população de Porto Alegre está localizada com relação ao acesso às unidades de saúde de atenção primária (US). Os dados empíricos provêm do banco GEOSAÚDE da Prefeitura Municipal (2010) e do IBGE, Censo 2010. A metodologia apresentada envolveu o cálculo da acessibilidade direcionada das demandas (moradores) às ofertas (US), com base no modelo de oportunidade espacial. A análise da equidade foi realizada de forma comparativa, considerando diferentes grupos de renda e bairros selecionados. A metodologia mostrou-se com potencial para analisar e discutir a complexidade dos padrões de acesso da população aos serviços de saúde e também pode contribuir para testar cenários alternativos, servindo de suporte à tomada de decisão.

https://doi.org/10.47235/rmu.v8i2.160
PDF

Referências

Brock, A. L. (2016). Aglomerações Urbanas: uma análise de efeitos configuracionais na estrutura espacial de cidades aglomeradas. Dissertação (Mestrado) – Curso de Urbanismo, PROPUR, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

Castro, S. S., Lefèvre, F., Lefèvre A. M. C. e Cesar, C. L. G. (2011) Acessibilidade aos serviços de saúde por pessoas com deficiência. Revista de Saúde Pública, São Paulo, 1 (45), 99-105. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000048.

Crucitti, P., Latora, V. e Porta, S. (2006) Centrality Measures in Spatial Networks of Urban Streets. Physics Review. E 73 (036125), 1-4. https://doi.org/10.1103/PhysRevE.73.036125.

Donabedian A. (1973) The assessment of need. In: Donabedian A, (ed.). Aspects of medical care administration. Cambridge, Harvard University Press; 1973. p. 58-77.

Fainstein, S. S. (2013). The just city. International Journal Of Urban Sciences, 18 (1), 1-18. http://dx.doi.org/10.1080/12265934.2013.834643.

Ferreira, R. V. e Raffo, J. G. (2012) O uso dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) no estudo da acessibilidade física aos serviços de saúde pela população rural: revisão da literatura. Hygeia, Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde 8 (15), 177–189. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/34540/20580>. [Consultado em 10 de abril de 2018].

Geurs, K. e Eck Jr, R. (2001) Acessibillity measures: review and aplications: Evoluation of accessibility impacts of land-use transport scenarios, and related social and economic impacts. Bilthoven, Rivm. Disponível em: <https://www.rivm.nl/dsresource?objectid=171931c0-1023-4d50-8a3e-99f8ea126b74&type=org&disposition=inline>. [Consultado em: 1 abril de 2018].

Giovanella, L., Mendonça, M.H.M., Matta, G.C. e Gondim, R, (2018). Atenção Primária à Saúde no Brasil: conceitos, práticas e pesquisa. In: Giovanella, L. et al. Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. 2. Rio de Janeiro, Fiocruz.

Guagliardo, M. F. (2004). Spatial accessibility of primary care: Concepts, methods and challenges. International Journal of Health Geographics, 3, 1–13. Disponível em: https://doi.org/10.1186/1476-072X-3-3.

Haggett, P. e Chorley, R. J. (1969). Network analysis in geography. London, Edward Arnold.

Hansen, W. G. (2012) How Accessibility Shanpes Land Use. Journal of The American Institute of Planners, 13 (11) 73–76. Disponível em: https://doi.org/10.1080/01944365908978307.

Hillier, B. (2007). Space is the Machine. London, Space Syntax Lab. ISBN: 978-0-9556224-0-3. Disponível em: https://spaceisthemachine.com/

Ingram, D. R. (1971) The concept of accessibility: A search for an operational form. Regional Studies, 5 (2) 101–107. Disponível em: https://doi.org/10.1080/0959523710018513

Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2011) Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro.

Krafta, R. (1996). Urban convergence: morphology and attraction. Environment and Planning B: Planning and Design 23, 37-48. Disponível em: https://doi.org/10.1068/b230037

Krafta, R. (1997) Avaliação de desempenho urbano. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, 7, 1997, Recife. Anais do VII Encontro Nacional da Anpur.

Krafta, R. (2014). Notas de Aula de Morfologia Urbana. Porto Alegre, Editora da UFRGS.

Krafta, R. e Spritzer, A. (2018) Software Numerópolis – Mapeamento do Desempenho Urbano. Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional - PROPUR/UFRGS.

Luo, W. e Qi, Y. (2009). An enhanced two-step floating catchment area (E2SFCA) method for measuring spatial accessibility to primary care physicians. Health and Place, 15(4), 1100–1107. Disponível em: https://doi.org/10.1016/ j.healthplace.2009.06.002.

Luo, W. e Wang, F. (2003).Spatial accessibility to primary care and physician shortage area designation: a case study in Illinois with GIS approaches.In: Skinner,R.,Khan,O. (eds.) Geographic Information Systems and Health Applications. Hershey ,PA, Idea Group Publishing, pp. 260–278.

Neutens T. (2015). Accessibility, equity and health care: review and research directions for transport geographers. Journal of Transport Geography 43, 14–27. Disponível em: http://dx.doi.org/ 10.1016/j.jtrangeo.2014.12.006.

Mafra, M. R. P. e Chaves, M. M. N. (2004) O processo de territorialização e a atenção à saúde no programa saúde da família. Família, Saúde e Desenvolvimento 2 (8), 127-133. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/fsd.v6i2.8065.

Observapoa - Observatório da Cidade de Porto Alegre (2019). Disponível em: http://portoalegreemanalise.procempa.com.br/?regiao=1_9_247.

Paez, A., Higgins, C.D. e Vivona, S.F. (2019). Demand and level of service inflation in Floating Catchment Area (FCA) methods. PLoS ONE 14(6): e0218773. Disponível em: https://doi.org/10.1371/ journal.pone.0218773.

QGIS. Sistema de Informações Geográficas do QGIS. Projeto Código Aberto Geospatial Foundation. (2019). Disponível em: http://qgis.osgeo.org.

SMS - Secretaria Municipal de Saúde, Prefeitura Municipal de Porto Alegre (2019). Disponível em: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/sms/default.php?p_secao=828.

Talen, E. (1998) Visualizing Fairness: Equity Maps for Planners. Journal Of The American Planning Association. 64 (1), 22-38. https://doi.org/10.1080/ 01944369808975954

Travassos, C. (1997) Equidade e o Sistema Único de Saúde: uma contribuição para debate. Cadernos de Saúde Pública, 13 (2), 325-330. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0102-311x1997000200024.

Travassos, C. e Martins, M. (2004) Uma revisão sobre os conceitos de acesso e utilização de serviços de saúde. Cadernos de Saúde Pública, 20 (2), 190-198. Disponível em:http://dx.doi.org/10.1590/ s0102-311x2004000800014.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Tiago Silveira, Clarice Maraschin

Downloads

Não há dados estatísticos.